Gestante tem estabilidade em contrato de experiência

Gestante tem estabilidade em contrato de experiência

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Gestante tem estabilidade provisória mesmo em contrato de experiência 

A 54ª Vara do Trabalho de São Paulo anulou a rescisão contratual de gestante que estava em período de experiência em uma rede de lojas de materiais de construção. A decisão da juíza substituta Rosangela Lerbachi Batista determina o retorno imediato da trabalhadora à função anteriormente exercida.

A sentença obriga a empresa a restabelecer o plano de saúde em favor da empregada e a garantir todos os direitos inerentes ao contrato de trabalho como se nunca tivesse sido rompido. A empresa tem dez dias contados da intimação para cumprir a determinação, sob pena de multa diária de R$ 500 em favor da profissional.

A mulher foi contratada em 16 de agosto de 2021 e dispensada imotivadamente em 29 de setembro de 2021. Mesmo tendo ciência da gravidez na época do desligamento, a loja afirmou não haver estabilidade provisória nesse caso.

Segundo a juíza, a tese da defesa não se aplica. Ela explica que a garantia provisória de emprego à gestante visa à proteção do nascituro e atende ao preceito constitucional da dignidade da pessoa humana.

“Tal garantia deve ser observada desde a concepção, independentemente da ciência do empregador ou da empregada, conforme Súmula  244, do  Tribunal  Superior  do  Trabalho (TST),  tratando-se,  pois,  de responsabilidade objetiva do empregador”, afirma.

Além disso, a magistrada cita que a Súmula 244 também traz a garantia provisória de emprego da gestante mesmo mediante admissão por contrato de prazo determinado.

A estabilidade provisória da gestante é uma proteção ao emprego da grávida e tem como principal objetivo oferecer garantia de continuidade da relação de emprego desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após a gestação.

Cabe recurso.

(Processo nº: 1001258-49.2021.5.02.0054)

WD Advocacia

A estabilidade gestante é aplicável ao contrato de experiência. A decisão ainda obriga a empresa a restabelecer o plano de saúde em favor da empregada.

Essa decisão reforça o que tem sido decidido pelos Ministros do TST, que entendem que a estabilidade provisória da gestante é garantia constitucional à direitos fundamentais da mãe e do nascituro. O seu reconhecimento à estabilidade exige apenas a confirmação da gravidez dessa forma a responsabilidade do empregador é objetiva tendo em vista o seu dever social.

O tema “estabilidade gestante” é muito amplo. Já noticiamos várias características aqui no site. Como anulação do pedido de demissão, obter direito à estabilidade provisória, gravidez no aviso prévio e demissão quando estava grávida de 7 meses. Clique na lupa e faça sua busca; são diversas decisões quanto a gestante.