Uma estrela no céu. O nascimento do filho de Deus

Uma estrela no céu. O nascimento do filho de Deus
Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Lucas 2:8-11
O nascimento de Jesus foi planejado na eternidade. Toda a história da humanidade pregressa, até sua vinda o mundo, foi uma espécie de preparação para este áureo momento da história da humanidade. Toda a história registrada no Antigo Testamento foi uma preparação adequada e meticulosa deste auspicioso acontecimento – a entrada do Rei da Glória na história dos homens . Se você olhar o Antigo Testamento tudo apontava para Jesus. Ele foi simbolizado pela semente da mulher, pelo cordeiro da Páscoa, pelo tabernáculo, pela Arca da Aliança, pela nuvem que acompanhava o povo durante o dia e a coluna de fogo à noite. Ele foi simbolizado pelo maná, ele foi simbolizado pela água que brotava da rocha – tudo apontava para Jesus – o tabernáculo, o templo, as festas, o sábado, os sacrifícios, tudo era sombra dele, e Ele – a realidade.
Então chegou a plenitude dos tempos. Deus havia preparado de maneira muito adequada o Império Grego para dar uma língua universal. Deus havia preparado o Império Romano para abrir fronteiras, estradas, para o avanço da mensagem do Evangelho numa paz controlada por Roma. Deus já havia preparado o seu povo para trazer às escrituras tudo isso foi rigorosamente planejado e preparado. Na plenitude dos tempos, então, Jesus nasce. E é curioso que Maria, a mãe de Jesus, vivia em Nazaré e ela era noiva, comprometida com o carpinteiro da cidade. Naquela época o noivado era muito mais solene do que hoje – um noivado só podia ser interrompido por divórcio, então, uma vez a comprometido e acertado o casamento, já era como marido e mulher embora não vivessem juntos ainda, porque não tinha acontecido as bodas do casamento.
Assim estava Maria comprometida com José, o carpinteiro da cidade de Nazaré. Só que as profecias apontavam que o Messias, Jesus – o filho de Deus – devia nascer em Belém, a casa do pão, porque era cidade Davi e Ele era descendente de Davi. E desta forma o tempo estava chegando, do nascimento, Maria grávida, mas morando em Nazaré. A palavra de Deus não pode falhar. O que Deus faz? Deus move o coração de César Augusto, imperador, para fazer um grande recenseamento em todo o seu império e este macro evento cumpre o detalhe da profecia de que o Messias deveria nascer em Belém da Judéia. O pão da vida tinha que nascer em “Bet-Léhem” – a Casa do Pão – então, diz a escritura que José e Maria, sendo José da descendência de Davi, da família de Davi, tem que sair de Nazaré para ir a Belém se alistar e ele leva consigo Maria.
Quando chega em Belém diz a Bíblia que a cidade está completamente congestionada e eles não encontraram sequer um espaço na cidade, nenhuma hospedagem ou hospedaria, nenhum hotel, nenhuma pensão, mesmo Maria grávida ninguém abre espaço. Então o filho de Deus vai nascer numa manjedoura. A palavra manjedoura vem de “mangiare”, que é lugar de comer, onde os animais se alimentavam, os cochos de animais. Ali as ovelhas vinham dos campos e os pastores ficavam ali naquelas grutas e ali Jesus nasce, entre os animais. Não foi em um berço de ouro, diríamos hoje, mas um berço de palha, melhor dizendo, um berço de pedra, porque é tudo que mais tem naquela região.
Quando Jesus nasce, esse é um fato auspicioso, porque a glória de Deus vai se manifestar e o Anjo de Deus vai anunciar aos pastores que estavam nos campos guardando os seus rebanhos e trazendo uma mensagem muito linda para eles, dizendo o seguinte: não tenho medo, eu trago para vocês uma boa nova de grande alegria, e não é só para vocês não, é para todo o povo:É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Vejam vocês que a primeira verdade sobre Jesus é que ele é o Salvador. Neste mundo pluralista e inclusivista, você afirmar que Jesus é o Salvador, alguns acham que isso é um discurso politicamente incorreto. Os mais radicais vão dizer que um discurso de ódio e há outros que dizem que isto é arrogância espiritual porque há muitos deuses, mas a Escritura, a Palavra de Deus não vai dizer que Jesus é um salvador dentre outros, a mensagem angelical é clara: hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Em outras palavras, não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Você não vai encontrar perdão para os seus pecados e vida eterna em nenhum outro. Não é religião que salva, não é igreja que salva, não são seus méritos que podem salvar você, não são suas obras que podem salvar você. Só Jesus salva, só ele é o Salvador, só ele é a porta do céu, só ele é o caminho para Deus. Foi ele quem disse: eu sou a porta, quem entrar por mim será salvo, entrará e sairá e achará pastagens. Foi ele quem disse: eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai senão por mim. Então o apóstolo Paulo escreve: há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, de tal maneira que você não pode ser reconciliado com Deus exceto por meio de Jesus, Ele é o Salvador, essa é a grande mensagem do Natal.
Mas o texto diz no versículo 11: hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, isso significa que ele é ungido, significa que ele é o Supremo Profeta, que ele é o Sumo Sacerdote, que ele é o Rei dos Reis, só ele tem esse tríplice ministério. A Bíblia diz que Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas, mas agora ele nos fala pelo filho. Jesus é a última e final revelação de Deus para você, a revelação de Deus foi progressiva até Jesus mas não mais não a partir de Jesus. Não tem novas revelações, ele a última revelação de Deus, ele é o Supremo Sacerdote ou Sumo Sacerdote porque ele é o sacerdote e o sacrifício, ele ofereceu o seu próprio corpo como sacrifício pelos nossos pecados, o seu sangue nos purifica de todo o pecado. Com a morte de Cristo na cruz ele varreu do altar os animais mortos. Mas ele é também o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, ele é quem está no trono, ele é o cordeiro que venceu, ele é o leão da tribo de Judá, ele está com o livro da História nas mãos, ele quem levanta reinos e abate reinos, ele quem coloca Reis no poder e faz esses Reis apiarem do poder. Ele é aquele que está conduzindo a história à sua consumação final ele é o Rei dos Reis, ele é o Senhor dos Senhores, ele é o Messias.
Mas agora, o texto no Versículo 11 vai dizer que ele é o Senhor, ele é o Salvador, ele é o ungido Messias, ele é o Senhor. Para nós talvez essa expressão não fale tanto hoje mas naquela época era César Augusto o Imperador que era considerado em todo o vasto Império Romano, o senhor, o kyrios. Roma tinha um panteão de deuses, você podia ter o Deus que você quisesse, desde que você afirmasse que César é o Senhor. Mas agora o anjo do céu vem para trazer uma nova confrontadora verdade aos ouvidos da humanidade: Não, não é César que é senhor. O verdadeiro Senhor é Jesus Cristo. É aquele que tem o controle, é aquele que manda, é aquele cujo trono é eterno. É aquele cujo o reino jamais será abalado, é aquele que é o pai da eternidade, ele é o Príncipe da Paz, ele é o Deus eterno, aquele que reina para sempre.
A única maneira de você ter segurança é você se render a ele, ser súdito do seu reino e se submeter a sua Soberana vontade. Esta é a mensagem do Natal, é uma mensagem cristocêntrica. Tanta gente hoje confundindo Natal com uma festa apenas humana, terrena. Tem tanta gente que acha que Natal é papai noel, tem muita gente que pensa que natal é comércio febril, tem muita gente que pensa que Natal é troca de presentes, tem muita gente pensa que Natal são os adereços que foram agregados ao longo dos séculos, as ruas coloridas, as praças enfeitadas, as lojas com tantas luzes. Natal é Jesus, o Salvador, o Messias, o Senhor.
Mas eu chamo a sua atenção para um fato: Belém, a cidade do pão, o rejeitou o pão da vida. Não havia lugar para ele em Belém , por isso que ele nasceu numa manjedoura. Apropriado porque ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas a pergunta é: Jesus encontra espaço na sua vida, no seu coração? Ou sua vida e seu coração são como Belém, ocupado demais, lotado demais, onde não tem espaço para Jesus.
Estamos nos aproximando deste Natal celebrando o Natal, comemorando o Natal. Mas Natal sem Jesus é apenas uma festa, mais uma festa e nada mais. Mas hoje o seu coração pode ser a manjedoura, o seu coração pode ser a estrebaria, hoje ele pode vir e habitar no seu coração e você tem espaço para ele, lugar para ele como seu Senhor, como seu Salvador, como dono da sua vida – aquele que vai tomar você pelas mãos e guiar plenitude, alegria e delícias perpetuamente. Você pode ter mesas fartas, você pode ter roupas requintadas, você pode ganhar e dar presentes caros, mas nada disso vai encher o espaço do seu coração. Jesus pode agora mesmo entrar na sua vida, morar na sua vida, ser o Senhor da sua vida e o seu coração será manjedoura que vai acolhê-lo neste Natal.
Fonte: IPB
Verdade e vida